segunda-feira, janeiro 30, 2006

Este é que é mesmo o verdadeiro fim do primeiro capítulo!

Tenho de fazer um reparo ao post anterior:
Eu não vejo os homens ou mulheres como superiores ou inferiores uns dos outros. É obvio e natural que temos diferenças uns dos outros, quer fisicas quer psicológicas. Mas daí até entendermos que umas são superiores a outras já é outra questão. Podemos sim, dizer que umas qualidades ou características servem melhor a pessoa em determinada situação. Hoje em dia o poder fisico ja não é tão importante como era, as sociedades estão organizadas, há organizações que nos defendem. A inteligência podemos pensar que é sempre útil, embora nalgumas épocas não o foi, - isto dependendo do lado da barricada em que estávamos - ou não o foi tão importante como o é hoje. Portanto, as diferentes características de cada um são qualidades ou defeitos, não em sí mesmos, mas inseridas dentro de um contexto. Estou certo que a frase que citei em baixo refere, na lógica do autor, o ser superior enquanto ser emancipado na forma de entender o mundo, que é uma qualidade desde que inserida no mundo Ocidental de valorização da inteligência e lucidez- atenção, não quero, nem quiz dizer com o que disse em baixo, que eu presumia ser um ser "superior", mas apenas que presumia ter a qualidade da ironia.
E mesmo no nosso contexto, não podemos ver a inteligência como uma coisa única, porque há vários tipos de inteligência. Uma das coisas que critico na minha sociedade, é a dificuldade em entender as capacidades alheias. Por exemplo, muita gente ainda pensa que uma pessoa que tira um doutoramento, que é professor universitário ou que simplesmente entrou na universidade é automaticamente inteligente. Só posso concordar com isto, se a pessoa estiver consciente que existem várias inteligências, e se incluirmos a capacidade de memorização e de trabalho intelectual como uma delas. Um professor universitário pode não ser inteligente em termos de capacidade de raciocinio, no entanto pode saber muito da área dele. Nesse caso é um sábio, pois sabe do seu oficio. Para lá chegar estudou e memorizou como os outros, mas isso não lhe dá capacidades automáticas de raciocinio. Da mesma forma pode estar o pedreiro que faz muros, que não sabe nada de finanças nem de história, mas que pode ter excelente capacidade de raciocinio, elaborando respostas a problemas complexos.
Outra coisa ainda é a nossa dificuldade de ver inteligência em pessoas de um meio cultural e social diferente, porque ai não podemos medir pelos mesmos padrões. Eu não posso avaliar a inteligência de um Aborigene que viveu a vida inteira na selva, pelos meus padrões Ocidentais de inteligência. A inteligência, nas suas diferentes formas, é uma caracteristica por sí, não dependente do meio cultural e social enquanto potencial primário. No entanto, o meio social influencia o seu desenvolvimento, em caracteristica e forma, sendo que para a avaliar devidamente tenho de inseri-la no contexto.
E era só mesmo isto.

1 comentário:

Anónimo disse...

Meu amor lindo!
Você é no minimo muito engraçado! Escreveu três posts enormes para explicar a tua incapacidade de escrever posts no momento...rsss
Bem, acho que teu problema está resolvido, não é?
E segundo, não acho que estejas levando uma vida futil. Acho que lutar para atingir um objetivo muito pouco futil!
Mas não vou prolongar...
Beijos,
Grazi