domingo, dezembro 24, 2006

Blog para adultos

Bem, é a primeira vez que isto me acontece, mas parece que o meu blog tem conteudo para adultos. Estou na Argentina, num ciber café, e quando tento entrar no meu blog, diz que tem conteudo adulto, e fecha-me a janela! Estou a ser censurado na Argentina!!!! É impossivel o meu blog ter conteudo adulto, ou qualquer outro tipo de conteudo. Ele é tao chato que ninguem o lê!!!Nao ha forma de ele prejudicar alguem!

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Mulher de Mel

Mulher de mel
de carne salgada
e pele macia

Quero cheirar o teu desejo
de rosas e fogo
e chegar fundo
na tua alma
na delicadeza de um beijo ardente

Quero percorrer elegantemente o teu corpo
com minhas mãos atrevidas
e penetrar fundo
nos teus mistérios
percorrendo
e revelando
os seus segredos infinitos
escondidos
na tua magia de mulher

domingo, dezembro 17, 2006

Sobre o blog

Muitos dos textos que aqui escrevo, principalmente os que são uma espécie de poemas ( digo espécie de poemas, porque não tenho cultura poética suficiente para dizer que o que faço são poemas, e também não me interessa se o são; é apenas uma forma de escrever que me agrada), são na sua maioria histórias, coisas que vivi, que senti, ou que pensei. Como tenho uma péssima memória, são talvez a forma que encontrei de gravar sentimentos para mais tarde poder olha-los, como se fotografias fossem. Por esse motivo, eles não têm uma ordem cronológica. Posso estar feliz, quando escrevo sentimentos de tristeza, e triste, quando escrevo sentimentos de felicidade. A ordem, tem apenas a ver com a inspiração de os escrever, ou com o acaso. Tenho sentimentos passados numa espécie de lista de espera para os escrever, ao mesmo tempo que posso escrever sobre o presente, dependendo mais de uma vontade que tenho e que desconheço, que controla o que em cada momento me sai, do que do esforço laborioso em me dedicar a escrever sobre o que quero.
No entanto, não aviso, nem quero avisar, se o que escrevo é sobre o que estou a sentir no momento, ou se é sobre algo que já senti; porque este blog não é um diário, nem um espaço feito propositadamente para os outros, mas antes um espaço que criei para me obrigar a escrever, e tirar prazer em me ler.
Sou muito vaidoso com o tipo de inteligência que me arrogo ter, que eu acho que é notória na forma paradoxalmente arrogante e humilde como escrevo, ou como julgo escrever, e pensar. E desconheço se o que escrevo é agradável a quem o lê; sei que a minha vaidade gostaria que assim o fosse, mas o prazer que retiro de escrever já me enche a alma de satisfação.

domingo, dezembro 10, 2006

Choro, de lágrimas já choradas

Ó Vida!
que sabes ter tristezas tão belas
lágrimas tão doces
de amor que sofre

Vida eterna!
de quem a vive
intensamente
de amor
e sofrimento

Quero enamorar-me
pela sua beleza
e ganhar e perder
na inevitabilidade de não poder sempre vencer

Ai!
que a dor tem sonoridade
Ai!
que o sentimento tem dor
Ai!Ai!Ai!
que a vida sabe ser tão bela!

E eu choro
olhado pela sua indiferença
mas não enganado
pela sua eternidade

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Novo Blog

Para quem não reparou, criei um novo blog. O link está ai na coluna da esquerda.
Comecei uma viagem solitária pela América do sul, com inicio em São Paulo, e pretendo ir deixando umas fotografias, e uns textos sobre a viagem no novo blog. Já lá estão algumas, de São Paulo. No entanto, não vou abandonar este, porque este me serve para outro tipo de textos, que pretendo ir continuando a escrever.

quarta-feira, novembro 29, 2006

Maria Cigana

Sorriso inocente
de menina que quer saber
de mulher que é
que o corpo já o disse

Força de vontade
na vontade da força
que em novelos de lã delicada se mexe
em ritmos escondidos
que vão nascendo
como numa flor
pela manhã
com o sol
da musica
que a transcende
e a faz ser quem é.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Sexo, ou simplesmente a vida.

Um dia estava a falar com um amigo meu sobre um texto que tinha escrito sobre a homossexualidade. Ele ficou surpreendido (para minha surpresa), por eu achar normal a homossexualidade. Tenho em grande consideração intelectual este meu amigo, e sempre que nos encontramos, somos levados automaticamente para tertúlias sobre o tudo e o nada. Mas temos uma diferença; eu sou ateu, e ele é gnóstico, e esse facto gera aguerridas argumentações de parte a parte, na tentativa de exposição das nossas ideias. Bastante interessantes, devo dize-lo.
Baseando-se numa teoria muito antiga, o meu amigo explicou-me que haveria uma posição sexual perfeita, em que os dois corpos estariam entrelaçados um no outro, sentados, e onde o pénis entraria na vulva nessa posição. Essa seria a posição sexual mais harmónica, e ele deu-me as explicações para tal, que não me recordo agora. Também não me recordo exactamente do teor da conversa, mas no fundo o que ele me quis dizer, era que o sexo anal não era harmónico, e talvez me tenha dito mesmo que não era natural (aqui surpreendeu-me outra vez, porque ele não era apenas contra a homossexualidade, era também contra o sexo anal).
Ora bem, eu não duvido, nem preciso duvidar, da sabedoria a que ele apela, muito antiga e certamente muito certa. Que haja uma posição sexual perfeita, harmónica, em que as nossas energias flúem para um orgasmo de felicidade e nirvana! Mas esse não é o mundo onde ele vive, e digo-o mesmo, não é o mundo onde ele quer viver! E podemos olhar para esta questão sobre dois pontos de vista: o físico, e o emocional.
Influenciado pela teoria da criação bíblica, onde o mundo teria sido formado pelo criador, de uma forma perfeita, o homem sempre olhou, e tentou olhar, o mundo como um conjunto perfeitamente harmónico e perfeito. E esse facto levou o homem a cair no erro muitas vezes. Há vários exemplos, desde a génesis, e as teorias da criação da terra, que foram sendo contrapostas pela geologia desde o século XIX. (o engraçado aqui, é que foi a própria igreja que financiou esses estudos, e muitos dos cientistas eram homens da igreja, que se viram confrontados com o facto de terem de contradizer o livro sagrado), na astronomia, onde várias teorias davam a órbita dos planetas como sendo em circulo perfeito, por ser essa a forma geométrica perfeita, associando-a à perfeição do criador, e que depois foi descoberto que a órbita dos mesmo era em elipse. E exemplos destes há mais, mas escusamos de passar pela seca de ler todos esses livros históricos, e científicos, se tal não quisermos. Basta olhar à nossa volta! A natureza não é harmónica em todos os pormenores. As bordas dos rios e da Costa Oceânica não são linhas rectas, as árvores não são quadradas, nem círculos, as nuvens não são esferas perfeitas, as rochas não são homogéneas. Ou seja, o mundo físico é feito de ordem e caos, de acasos, e as harmonias e os equilíbrios são sempre gerais, e temporais. Há harmonias, mas dentro dessas harmonias há o acaso, há as linhas de fronteira, como já aqui falei num texto neste blog. Há uma harmonia na natureza, onde há as árvores, há os animais, as rochas, mas feita de equilíbrios e desequilíbrios, feita de acções dadas pelo fisicamente possível (a terra mexe-se, as árvores têm diferentes formas, a atmosfera luta pelo equilíbrio entre o oxigénio e o dióxido de carbono, os animais têm diferentes formas, etc., etc.). Sendo o homem parte da natureza, e vivendo em simbiose com ela, é natural que se comporte como ela. Influenciados pela natureza que nos envolve, temos homens de pele clara no norte, de pele escura no sul. Influenciados pela cultura social de cada povo, temos homens que casam com uma mulher, e homens que casam com 5. Influenciados pelas células que constituem a nossa língua, temos homens que gostam de maças, e homens que não gostam de maças. Influenciados pela arte e imaginação, temos o Picasso, e temos o Andy Warhol. Influenciados pelo que nos é permitido procurar e gostar, dentro da nossa mente, temos a penetração anal, o sexo homossexual, a pedofilia, e temos o que queremos ou desejamos descobrir. As possibilidades físicas e emocionais são infinitas, a imaginação é o único meio que temos de percorrer os caminhos do infinito! O facto de as nossas atitudes humanas nos parecerem antinaturais, são apenas fruto do conflito entre a ordem social que criamos, e nos habituámos, e os nossos instintos; são o conflito entre a nossa tendência para criar a ordem, e a tendência para criar o caos; são o conflito entre a necessidade de tudo entender, num universo de conhecimento infinito, onde o que não conseguimos absorver, simplificamos com o misticismo.
Duvido que o meu amigo gostasse de viver num mundo “perfeito”, onde as pessoas seriam todas perfeitas, lindas, onde as árvores seriam quadradas, onde as nuvens fossem todas perfeitamente iguais e simétricas, onde não houvessem vulcões, nem escarpas, nem cascatas. Duvido que o meu amigo gostasse de viver numa sociedade onde não existisse arte e imaginação, que fugissem da perfeição já criada. Duvido que o meu amigo gostasse de estar limitado a tocar apenas nos pontos “perfeitos” da pessoa amada, que estivesse condicionado a apenas amar o que pode ser amável.
Temos muita coisa que desconhecemos no mundo, muita coisa que nos traz sofrimento, muita coisa que vemos sem sentido, mas esse é o preço que temos de pagar por sermos como somos, é a nossa sina, sermos humanos, com a capacidade de criar a beleza, e o terror, e termos consciência disso.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Viajante

Ouvem-se os paços
No silêncio do vazio
Do deserto
Das montanhas

O eco ressoa
Nas árvores
Do horizonte
De vento
E mistério

É um homem
Que caminha
Na ignorância
Dos movimentos

Andando
Atento
Nos caminhos
Que percorre

sexta-feira, novembro 03, 2006

...

Onde estas, menino homem?
Que t´encontro apenas no desencontro de t´encontrar

Falta-te, o que sabes
Precisas ter
Para o achar

Ai paradoxos e contradições!
Como eu vos amo
E odeio

quarta-feira, outubro 11, 2006

...

A verdade é uma mentira!

Na sua essência, não existe.
É conceito.
Deriva da razão humana,
Da natureza que nos envolve
E lógica que nos governa.
Está presa,
Condicionada,
No infinito e na lógica universal.

Falha por incapacidade de absorção.
E por limitação a uma forma de pensamento,
Que dele não se liberta.

Vivamos na humildade
E na certeza da nossa ignorância
Enquanto procuramos o que nos satisfaz
Na certeza que nunca seremos satisfeitos.

sábado, julho 15, 2006

Horizonte

Às vezes caminho olhando o chão. Reduzo o horizonte ao próximo passo e deambulo entre a força para o dar, e o esquecer, consoante o meu corpo se lembre, ou esqueça, que está cansado.
Outras vezes caminho olhando o infinito. Aumento o horizonte a um outro espaço e deambulo entre o viver e o perder, consoante o meu corpo seja alma, ou seja corpo.

sexta-feira, julho 07, 2006

...

Tivemos azar em ter sorte.
Aqui tudo é tranquilo.
O vento varre,
Mas de um lado para o outro.

A tempestade passa lá longe,
Atormentando os preparados.

O atraso de Portugal

O facto de Portugal ser um atraso competitivo em relação a muitos outros Países, não só no domínio económico, mas também do das artes (e também atraso social, comportamental), é explicado, e quantificado, em grande parte, pela quantidade de pessoas que aqui acham que sou doido, quando viajo sozinho.


Viajar é extremamente importante. É o contacto com diferentes culturas, e principalmente diferentes pessoas e suas formas de pensar, de ser, de agir, que nos abre horizontes, muda perspectivas, e nos ensina a sermos cautelosos nos preconceitos.
Viajar ensina-nos a relativizar, exercita-nos a coragem e o instinto, dá-nos inteligência, e potencia a nossa criatividade.
O mundo está aí, globalizado, e quanto menos o conhecermos, mais errados estamos no seu julgamento. E em última análise, pior preparados para o enfrentar.

segunda-feira, junho 19, 2006

nuvens ocultas

De noite sou astronauta,
Olho a lua
E vejo o meu mundo.
De dia
Sou ninguém,
Olho um mundo
Que me não tem.

Só vivo para os outros no meu esforço de ser onde não estou.

terça-feira, maio 30, 2006

Ó povo!

Ó povo do mundo, que amas demais o ódio que tens a esta terra, e odeias pouco o amor que te falta dela!

sábado, maio 20, 2006

Chão...

Chão que piso com pés de veludo escarlate, com sabor a fruta madura. Quisera eu ser herói numa história inventada, e toda a realidade se desvanecia, numa sombra de lua, cheia de pinheiros e oliveiras.
Pergunto-me onde pára o movimento perpétuo das ideias sombrias que iluminam o vazio que me transborda, onde encontrar a fórmula eternamente reinventada?

Quero colher o esquivado,
Para andar à solta enclausurado!

sexta-feira, maio 19, 2006

Mulher fogosa

És Cereja de vermelho saudade
Liberdade aprisionada
Veneno abençoado

És Cio de leoa
Reduto derrotado
Bastião tombado

Ai virtude delituosa
Casto Crime
Quero ser eternamente culpado!

domingo, maio 14, 2006

Ditos

Ter consciência de mim, e do que me rodeia, é um prazer sofrido, uma ansiedade involuntária, uma constante procura de querer ter, desejando não tendo…ai, como eu queria estar eternamente perdido, para ai me encontrar…

Amor...

Amor,

Tens o cheiro da felicidade

Tua pele é uma droga
A mais poderosa e viciante

Teu rosto uma lágrima
Que bebo insaciado

Tua carne
Que não tenho força para apertar
É o cio de uma fera
O rosnar de um Leão

E ai os teus pés
Maravilhas da perfeição
Como dizem que te amo…

sábado, maio 06, 2006

tristeza bela, ou o prazer da solidão

Noite estrelada
Num país perdido
Num lugar esquecido

Ao som das pequenas ondas
Defronte de mim

E o chão
De pequenas pedras
Moldado no meu corpo
Deitado
Embriagado
Pela vida
Pelo álcool

E as Lágrimas
Que escorrem
Como um rio
Para o mar…

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Estranho caminho, o das Almas

Silêncios que gritam calados
Pedindo resgate d`almas

Atormentando a paz sôfrega, em guerra

Tanto calam
Tanto cavam
Tanto tocam


E
EspertAm
...........Adormecidos
E ........Ateados

Bradando os mudos achados

Segundo Capítulo

Não estava à espera disto, mas o segundo capitulo deste blog surgiu-me.
Assim tão próximo do fim do primeiro nem tive tempo para o luto, mas o luto também é uma forma de viver no passado, e eu sempre tentei fugir a isso. Talvez que não estivesse assim com tanta vontade de fechar o primeiro, mas eu não acredito nisso. Foi ele que se fechou.
Aqui me tendes, para onde e quando.

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Este é que é mesmo o verdadeiro fim do primeiro capítulo!

Tenho de fazer um reparo ao post anterior:
Eu não vejo os homens ou mulheres como superiores ou inferiores uns dos outros. É obvio e natural que temos diferenças uns dos outros, quer fisicas quer psicológicas. Mas daí até entendermos que umas são superiores a outras já é outra questão. Podemos sim, dizer que umas qualidades ou características servem melhor a pessoa em determinada situação. Hoje em dia o poder fisico ja não é tão importante como era, as sociedades estão organizadas, há organizações que nos defendem. A inteligência podemos pensar que é sempre útil, embora nalgumas épocas não o foi, - isto dependendo do lado da barricada em que estávamos - ou não o foi tão importante como o é hoje. Portanto, as diferentes características de cada um são qualidades ou defeitos, não em sí mesmos, mas inseridas dentro de um contexto. Estou certo que a frase que citei em baixo refere, na lógica do autor, o ser superior enquanto ser emancipado na forma de entender o mundo, que é uma qualidade desde que inserida no mundo Ocidental de valorização da inteligência e lucidez- atenção, não quero, nem quiz dizer com o que disse em baixo, que eu presumia ser um ser "superior", mas apenas que presumia ter a qualidade da ironia.
E mesmo no nosso contexto, não podemos ver a inteligência como uma coisa única, porque há vários tipos de inteligência. Uma das coisas que critico na minha sociedade, é a dificuldade em entender as capacidades alheias. Por exemplo, muita gente ainda pensa que uma pessoa que tira um doutoramento, que é professor universitário ou que simplesmente entrou na universidade é automaticamente inteligente. Só posso concordar com isto, se a pessoa estiver consciente que existem várias inteligências, e se incluirmos a capacidade de memorização e de trabalho intelectual como uma delas. Um professor universitário pode não ser inteligente em termos de capacidade de raciocinio, no entanto pode saber muito da área dele. Nesse caso é um sábio, pois sabe do seu oficio. Para lá chegar estudou e memorizou como os outros, mas isso não lhe dá capacidades automáticas de raciocinio. Da mesma forma pode estar o pedreiro que faz muros, que não sabe nada de finanças nem de história, mas que pode ter excelente capacidade de raciocinio, elaborando respostas a problemas complexos.
Outra coisa ainda é a nossa dificuldade de ver inteligência em pessoas de um meio cultural e social diferente, porque ai não podemos medir pelos mesmos padrões. Eu não posso avaliar a inteligência de um Aborigene que viveu a vida inteira na selva, pelos meus padrões Ocidentais de inteligência. A inteligência, nas suas diferentes formas, é uma caracteristica por sí, não dependente do meio cultural e social enquanto potencial primário. No entanto, o meio social influencia o seu desenvolvimento, em caracteristica e forma, sendo que para a avaliar devidamente tenho de inseri-la no contexto.
E era só mesmo isto.

sábado, janeiro 28, 2006

O verdadeiro fim do primeiro capítulo

Não posso despedir-me do meu blog sem antes deixar aqui uma coisa. Gosto muito de Fernando Pessoa. Por vários motivos, mas principalmente porque é lúcido, inteligente e talentoso. Como tal, gostava de acabar este capítulo com uma parte de um texto do "Livro do Desassossego", que sublinhei imediatamente após o ter lido, porque me encheu o ego, na presunção que tive de me incluir nele. E deixo-o aqui, porque na linha da mesma presunção, entendo que apenas os que nele se incluem poderiam entender alguns dos textos que aqui foram postos.
E a parte do texto é esta:
"O homem superior difere do homem inferior, e dos animais irmãos deste, pela simples qualidade da ironia. A ironia é o primeiro indício de que a consciência se tornou consciente."

Fim do primeiro capítulo

Ou este blog já está cansado dele próprio, ou o Autor dele, ou ele do Autor.
Acho que mereces uma pausa, ou pelo menos um maior encontro com o teu Autor. Reina o silêncio na sua alma, e são muitas as tempestades de desencontros. Não tenho nada a dizer, nem a mim, e muito menos aos outros. São colecções de inutilidades o que tenho feito, fruto do adormecimento e futilidade que me habita. Mas isto não me alarma; sei que em parte é culpa da vida adormecida que tenho levado, mas também culpa dos meus ciclos cerebrais, que me são ainda misteriosos, e embora tenha aprendido a não me preocupar com eles, sei o que fazer para incentivar novos e renovados ciclos. Se bons ou maus, isso também não é muito importante. Nunca levei a vida muito a sério, e como tal, também não me levo a mim. O que importa é tentar sentirmo-nos bem!
Até um possivel regresso.


Já agora uma curiosidade. Ao longo dos tempos tenho reparado que imediatamente após colocar um novo post, uma luz verde de online surge no geoloc, no território Norte Americano. Será pelo facto de ter a palavra profeta neste blog?

segunda-feira, janeiro 23, 2006

isto é só meu, não leiam

não te ensinaram a beleza
e depois também
andaste distraído

desde pequeno
no mundo da lua
nos sonhos
percorrendo universos
vivendo heróis por ti inventados
fugindo
mas assim como quem procura

andaste enganado
enganaste-te
viveste verdades mentirosas
que tu mentiste
de propósito
porque sempre acreditaste que a realidade era uma farsa

e porque insistes nessa verdade
se ela só te serve enquanto mentira?

Porque ela é a união entre os mundos
e não consigo ver a verdade separada das outras
mesmo que não me sirvam

É egoísmo enquanto necessidade de procura
prazer enquanto vivo
sofrimento enquanto não me desprendo...

e o amor?

O amor...?
é quando estou mais próximo da terra

Razões que sobram

Hep!!
Hep!!Hip!!
Hip!!Hip!!Hip!!
Woooooooooooooooooooooopp!!
ppppppppppppppppppppppppp!!
sssssssssssssssssssssss!!
xxxxxxxxxxxxxxxxxx!!
ffffffffffffffffffffffffffffff!!
cat, cat, cat, cat, cat, cat, cat, cat!!!!
rios de montanhas d´água desperdiçam caminhos usados pelas brincadeiras do tempo!!!
foram-se os tempos, ficam-se as pedras gastas!!!
isto ou o contrário, ou todos os intermédios que me habitam, são brancas coisas em pretos espaços!!!
...boneco de gelo que se quebra...
juntem-se os pedaços!!
é apenas água!!!
SSSSSSSSSSPPPPÁÁÁÁ!!...SPÁÁ!!...SPÁ!!...PÁ!!...Á!...Á...á...a

domingo, janeiro 22, 2006

Portugal, o maior hospital!

Há coisas mesmo estranhas na vida. Veja-se este nosso País; ele é doenças que nunca mais acabam, crises atrás de crises, mal nos pomos em pé, de tão coxos que andamos, e no entanto temos médicos que nunca mais acabam.
Uma pessoa entra numa Universidade, é Dr. para aqui, Dra. para ali, parece que em todo lado se estuda medicina. Vamos a uma Câmara Municipal para tratar dum assunto qualquer, e chamam-nos logo a Dra. Ana Luísa, ou perguntam ao Dr. Henrique onde está a Dra. Manuela. Os debates na televisão, não admira que tão pouca gente os veja, é sempre entre médicos. Nas empresas a mesma coisa, não admira que sejamos tão pouco competitivos, são tantos médicos no lugar de técnicos.
Enfim, como podemos ser tão doentes, quando o nosso País é um Hospital?



Outro fenómeno estranho é a quantidade de pessoas que se chamam Engenheiro. É Sr. Engenheiro para aqui, Sr. Engenheiro para ali, são quase tantos como as Marias. No outro dia fui a um Seminário da Ordem dos Engenheiros, e todos os oradores tinham na sua frente um papel que os identificava. Era o Sr. Engenheiro João Fraga, a Sr.ª Engenheira não sei o quê, o Sr. Engenheiro tal e coiso, e depois estava lá o Sr. Francis Bacon, um senhor Suíço, presidente de uma companhia Suiça, que a única coisa que tinha em comum com o nome dos outros senhores, era o facto de ser Engenheiro mecânico. Ele também achou piada ao facto de todos terem o nome Engenheiro, e comentou que na Suiça nunca isso lhes tinha ocorrido, porque lá o Engenheiro é bem conceituado, e eles até podiam aproveitar e começar a chamarem-se uns aos outros Engenheiro. Mas também não admira que esse facto lhes tenha passado despercebido, aqueles Suíços são uma cambada de atrasados.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Peça que não maça

De forma a dinamizar um pouco o blog e faze-lo interagir com a elite de leitores que o visita, proponho-me fazer uma espécie de concurso, ao qual dei o nome do magnífico programa da não menos magnífica rádio de Cister. Para quem não é de Alcobaça, fica a saber que esse é o nome da rádio que nós não ouvimos, mas ainda sabemos alguma coisa sobre ela.
O que se pretende com o concurso:
Que proponham um tema, uma ideia, ou o que quiserem, para que posteriormente diga o que penso sobre ela.
Não se coíbam de fazer propostas, coíbam-se apenas de pensarem que eu vou ser rápido a responder, porque o autor deste blog não está sujeito a pressões editoriais, e tem manias de pouca responsabilidade.
Para aqueles que não querem saber o que eu penso, fazem muito bem, sempre é a vossa higiene mental que está em jogo, mas para aqueles que já estão por tudo na vida, encarem isto como uma oportunidade de fazerem mais uma coisa na vida que é completamente inútil.
Para propor basta clicar ai nos comments e escrever as propostas, é fácil, e pode ser anónimo, eu deixo.
De referir por último que escolherei a proposta mais votada ou escolhida. Têm 5 anos, a partir…de agora!

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Apenas coisas

Já aqui deixei um post de uma carta que mandei à CaboVisão, referindo-me ao seu mau atendimento e falta de qualidade. Na altura pretendia TV Cabo e Internet, e devido à minha repugnância pela forma como os clientes são tratados optei por não ter TV Cabo. A Internet lá a arranjei por outra empresa.
Devido a este facto, apenas tenho os 4 canais generalistas, o que no fundo até são canais de mais, visto que me enchem a casa de merda, com excepção feita aos documentários que por vezes vejo no canal 2, sobre natureza animal e humana, ou humana e animal – às vezes confundo – e algumas entrevistas de algum interesse.
Às vezes também, mas muito raramente, vejo a novela – ou missa – das 8, dos outros 3 canais, quando me absorve o desejo de permitir-me deprimir com o de pior o meu País pode dar. Não é só pelo conteúdo, igual nos 3 canais, mas principalmente pela forma como é apresentado. De certa forma compreende-se, que isto de fazer novelas da vida real todos os dias, com a duração de uma hora, é como a carne de porco – muita dela é para encher chouriço.
Felizmente que agora já como mais saudável e deixei a carne de porco.
Já agora deixo aqui um exemplo, de mais uma luta entre o cliente e o Golias empresarial. Tive há tempos um hóspede da Nova Zelândia, e a exemplo de casos de clientes que não se submetem à condenação de estar ligados a empresas que trabalham mal, ele referiu-me o caso de um amigo dele. Parece que esse amigo teve uma questão com a empresa fornecedora de electricidade. Como forma de protesto e indignação, optou por acabar o contrato, passando a produzir a sua própria energia com recurso a moinhos de vento por ele criados.

Nota aos leitores internacionais, ou simplesmente distraidos: A novela das 8 é o Telejornal.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

...

Pois
Deixa lá
Isso passa
Um dia morres e vais ver que o cansaço desaparece
Podias era aproveitar para antes fazer assim uma coisinha mais extravagante
Tipo, porque não vais mostrar as mamas para a rotunda do Marquês de Pombal?
Vais ver que animas
E sempre fazes alguém feliz
Tens múltiplas vantagens em estar viva
Para ti e para os outros
Este País deprime, estamos um pouco condenados por ter nascido nele, é um facto; Portugal, País de brandos costumes; aqui não se passa nada de mal, mas também não se passa nada de bem
Mas também não é só Portugal, é o Mundo cada vez mais, ou talvez não, talvez que sejamos só nós
O que eu sei é que quando estou mal não é o mundo que eu tento mudar, mas antes a minha pessoa, é a mim que tenho de transformar, quando quero ficar bem, embora por vezes tenha de mudar de posição.
É verdade, sinto que o que me envolve me transforma, mas se for esse o caso também posso fazer por procurar. Mas o mundo é um filha da puta, lá isso é verdade. Para uns mais que outros, ora aí esta outra grande verdade
Mas eu sou o maior filho da puta de todos
Porque eu quero é que o mundo se foda!!!
E quero, mas não consigo!
Gostaria de brincar mais com o mundo, ele esta ai, e eu aqui, atadinho
Podia sentir raiva desta sociedade que me dominou, que me prendeu, mas a raiva tem de vir de mim para mim
Eu tenho é de me libertar!
Libertemo-nos!
Fodei-vos!!!!
A todos!!!!
E libertemo-nos!!!

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Música...

Não há nada como a música. Ela dá-nos um sentimento e uma imaginação visível ou invisível, e por demais saborosa; quase que apetece chorar de felicidade…mesmo quando estamos tristes, a musica dá-nos a tristeza mais bonita de todas.

É assim como o amor; é assim como vaguear perdido pelo mundo…ou é belo, ou é tristemente belo.

sábado, janeiro 07, 2006

Assim, despreocupadamente, mas com um objectivo.

"Eu esqueço a maior parte do que li tal como não me lembro do que comi; mas tenho a certeza de que ambas estas actividades contribuem para o sustento do meu espírito e do meu corpo."
(Georg Christoph Lichtenberg)