sábado, julho 15, 2006

Horizonte

Às vezes caminho olhando o chão. Reduzo o horizonte ao próximo passo e deambulo entre a força para o dar, e o esquecer, consoante o meu corpo se lembre, ou esqueça, que está cansado.
Outras vezes caminho olhando o infinito. Aumento o horizonte a um outro espaço e deambulo entre o viver e o perder, consoante o meu corpo seja alma, ou seja corpo.

sexta-feira, julho 07, 2006

...

Tivemos azar em ter sorte.
Aqui tudo é tranquilo.
O vento varre,
Mas de um lado para o outro.

A tempestade passa lá longe,
Atormentando os preparados.

O atraso de Portugal

O facto de Portugal ser um atraso competitivo em relação a muitos outros Países, não só no domínio económico, mas também do das artes (e também atraso social, comportamental), é explicado, e quantificado, em grande parte, pela quantidade de pessoas que aqui acham que sou doido, quando viajo sozinho.


Viajar é extremamente importante. É o contacto com diferentes culturas, e principalmente diferentes pessoas e suas formas de pensar, de ser, de agir, que nos abre horizontes, muda perspectivas, e nos ensina a sermos cautelosos nos preconceitos.
Viajar ensina-nos a relativizar, exercita-nos a coragem e o instinto, dá-nos inteligência, e potencia a nossa criatividade.
O mundo está aí, globalizado, e quanto menos o conhecermos, mais errados estamos no seu julgamento. E em última análise, pior preparados para o enfrentar.