segunda-feira, abril 26, 2004

Fuga, ou procura da verdade

Saio disposto a provocar o vento
quero senti-lo na minha cara
no meu corpo ausente de mim

a velocidade é automática
ja sei o que quero
quero ir sozinho
sem dor nem cansaço
sem corpo
e até sem alma...

e la vou caminhando no vazio
no refrescante vazio...
e o mundo deixa de ser branco

existem cores e sabores à minha volta
e eu caminho por entre os seus intocáveis sentidos
sozinho...

agora podia ser apenas imaginação e eu fico feliz pela descoberta
é fuga para um novo reencontro
é apenas vento que sopra
água que corre...